Zinco e Magnésio nas Doenças Cardíacas e
Diabetes
Auxiliam na Normalização dos Níveis de Insulina e Regulam o Metabolismo dos Carboidratos e das Lipoproteínas
O diabetes mellitus (DM) está associado
a um risco aumentado de doença cardiovascular, ocasionando mortalidade anual de
5,4% em adultos, o que reduz sua expectativa de vida em 5 a 10 anos. Há maior
prevalência de doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, acidente
vascular cerebral e insuficiência vascular periférica em pacientes com diabetes
quando comparado com os que não apresentam diabetes, especialmente em mulheres.
Magnésio e Zinco no Metabolismo Corpóreo
O zinco e o magnésio contribuem substancialmente para a homeostase da glicose e do metabolismo das lipoproteínas. O magnésio participa como cofator em diferentes reações do metabolismo dos carboidratos e também auxilia na ação da insulina. Este mineral contribui também no metabolismo das lipoproteínas através da modulação da enzima 3-hidroxi-3-metil-glutaril-CoA redutase (HMG-CoA). Além disso, o magnésio apresenta ação anti-inflamatória, transporte transmembrana de íons e síntese proteica.
Alguns
estudos demonstraram que o zinco afeta a homeostase da glicose e a secreção de
insulina. Este mineral pode também diminuir a inflamação e o estresse oxidativo
e também tem influência na coagulação e nos processos de agregação plaquetária,
e ainda reduz a atividade dos canais de cálcio.
Ø
Aumenta a capacidade antioxidante e dessa forma
contribui para diminuição do estresse oxidativo;
Ø
Controla o metabolismo da glicose e das
lipoproteínas;
Ø
Aumenta a sensibilidade à insulina;
Ø
Diminui a inflamação via redução da proteína
C-reativa de alta sensibilidade (PCR-hs);
Ø
Auxilia na redução dos níveis de
triglicerídeos;
Ø Diminui os níveis de glicose em jejum.
Estudo Comprova:
Através de um estudo conduzido por Hamedifard et al. (2020) que teve como objetivo avaliar o impacto da suplementação de zinco e magnésio no controle glicêmico, níveis séricos de lipídios e nos biomarcadores do estresse oxidativo e inflamação em pacientes com doença cardíaca coronariana e diabetes mellitus tipo 2.
Resultados
Ø A
suplementação de zinco e magnésio reduziu de maneira significativa os níveis de
glicose em jejum (FPG) em -9,44 mg/dL (IC de 95%: -18,30 a -0,57 e p=0,03) e
níveis de insulina em - 1,37 µIU/mL (IC de 95%: -2,57 a -0,18 e p=0,02)
em comparação com o placebo;
Ø Os
níveis de HDL-colesterol aumentaram significativamente em 2,09 mg/dL (IC 95%: 0,05
a 4,13 e p=0,04) em comparação com o placebo;
Ø Foi
observado também uma associação entre a suplementação de zinco e magnésio e uma
diminuição dos níveis da proteína C- reativa (PCR) -0,85 mg/L (IC de 95%: -1,26
a -0,45 e p<0,001), houve aumento nos níveis totais de nitrito 5,13 µmol/L (IC
de 95%: 1,85 a 8,41 e p=0,003) e uma elevação da capacidade antioxidante total
(TAC) em 43,44 mmol/L (IC95%: 3,39 a 83,5 e p=0,03) quando comparado com o
placebo;
Ø Além disso, a suplementação de zinco e magnésio reduziram o Beck Depression Inventory index (BDI) em -1,66 (IC: 95%: -3,32 a -0,009 e p=0,04) e Beck Anxiety Inventory (BAI) em -1,30 (IC de 95%: -2,43 a -0,16 e p=0,02) quando comparado com placebo.
Conclusão:
Em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e com doença cardíaca coronariana, a suplementação por 12 semanas com zinco e magnésio apresentou efeitos benéficos nos seguintes parâmetros: FPG, HDL-colesterol, PCR, níveis de insulina, nitrito total, TAC, BDI e BAI. Esses dados sugerem que a suplementação com zinco e magnésio pode ser benéfica nesses pacientes.
Referências bibliográficas
HAMEDIFARD, Z. et al. The effects of combined magnesium and zinc supplementation on metabolic
status in patients with type 2 diabetes mellitus and coronary heart disease. Lipids
Health Dis. 2020 May 28;19(1):112. doi: 10.1186/s12944-020-01298-4.
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