Uso de Metadona, em Pacientes com Síndrome de Dependência de Opioides, Acarreta em Disfunção Metabólica

Estudos Científicos
01/jul/2024

Probióticos Melhoram as Alterações Metabólicas e a Função Neuronal


Probióticos, Metabolismo e Saúde Mental

Atuam na Melhora das Condições Associadas ao TMM

 

De acordo com as Nações Unidas, mais de 180 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de dependência química. O tratamento de manutenção para pacientes dependentes de opioides é um dos mais extensamente avaliados na área da medicina. Várias medicações estão disponíveis para serem usadas nessa modalidade de tratamento, dentre elas, destaca-se a metadona. O tratamento de manutenção com metadona (TMM) é realizado em muitos centros no mundo.

 

Várias razões apoiam a eficácia da metadona como um tratamento eficaz para o transtorno por uso de opioides, algumas delas são o custo-efetividade e o forte potencial para gerenciar a condição física e psicológica do vício. Após a implementação do MMT, os usuários de opioides experimentaram vários distúrbios metabólicos (inflamação, síndrome metabólica e estresse oxidativo) e mentais (sono, depressão e ansiedade), que afetam sua qualidade de vida e aumentam a dependência frequente de outras substâncias químicas. O tratamento prolongado com metadona pode causar alterações nos triglicerídeos, pressão arterial, colesterol HDL, glicemia em jejum e perfis de hemoglobina glicada A1C. Pacientes sob MMT apresentam alterações na microbiota intestinal, o que pode provocar um agravamento dos distúrbios metabólicos.

 

Microbiota Intestinal e Sistema Nervoso Central

A microbiota representa um número diversificado de micro-organismos no trato digestivo, que influenciam a fisiologia do hospedeiro, incluindo o sistema imunológico e o sistema nervoso central. Além disso, sabe-se que a microbiota intestinal está relacionada ao uso de opioides, distúrbios psiquiátricos e diabetes mellitus tipo 2. Os resultados de uma meta-análise em ensaios clínicos randomizados indicaram uma redução nos níveis de depressão e ansiedade em pacientes suplementados com probióticos. Uma revisão sistemática mostrou que o nível de malondialdeído, proteína C reativa (PCR), interleucina-10 (IL-10) e a Escala de Depressão de Hamilton foram positivamente melhorados em pacientes psiquiátricos suplementados com probióticos. Além disso, pacientes psiquiátricos tratados com probióticos exibiram níveis melhorados de colesterol HDL, VLDL, triglicerídeos, resistência à insulina, malondialdeído e PCR. Atividades benéficas foram relatadas em vários probióticos, incluindo absorção aprimorada de nutrientes, superexpressão do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), superprodução de ácido gama-aminobutírico (GABA), regulação de neurotransmissores e atividades antioxidantes.

 

Uma revisão da literatura revelou informações limitadas sobre os efeitos da administração de probióticos na depressão, ansiedade, qualidade do sono, perfis lipídicos, sensibilidade à insulina, fatores inflamatórios e biomarcadores de estresse oxidativo no transtorno relacionado a opioides. Assim, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar as atividades influentes dos probióticos nos sintomas clínicos, biomarcadores de estresse oxidativo, inflamação, resistência à insulina e teor de lipídios séricos em pacientes sob TMM.



Estudo Comprova

Probióticos Melhoram o Perfil Metabólico e Neurológico em Pacientes sob TMM

 

Pacientes sob tratamento de manutenção com metadona (TMM) são suscetíveis a inúmeras complicações (como por exemplo, distúrbios mentais e metabólicos). Este estudo publicado no periódico International Journal of Clinical Practice avaliou os efeitos dos probióticos nos sintomas clínicos, biomarcadores de estresse oxidativo, inflamação, resistência à insulina e teor de lipídios séricos nesses pacientes.


Resultados:

 

Ø  Comparado com o placebo, a suplementação probiótica resultou em uma significativa melhora da severidade dos sintomas depressivos (p<0,05);

Ø  Além disso, os probióticos reduziram os níveis de glicose em jejum, colesterol total e colesterol LDL (p<0,05);

Ø  Observou-se uma expressiva diminuição dos níveis da proteína C reativa de alta sensibilidade (PCR-as) e elevação da capacidade antioxidante total e dos níveis de glutationa total (p<0,05).

 

Conclusão:

 

O tratamento com probióticos, por 12 semanas, em pacientes que recebem TMM teve efeitos benéficos nos sintomas de depressão, bem como em diversos perfis metabólicos.

Autor(a)

Equipe Técnica Consulfarma
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