Tratamentos Usados em Pacientes com Mucosite Associada à Radioterapia

Suplementos Auxiliam no Gerenciamento da Redução e Severidade da Mucosite

Mucosite Associada à Radioterapia

Condição Altamente Dolorosa e Debilitante

O câncer de cabeça e pescoço é o 6º tipo mais comum no mundo. A aplicação de radiação representa uma de suas principais estratégias de tratamento, no entanto, as complicações orais, resultado dos efeitos danosos da radiação sobre essa região, representam um de seus efeitos adversos mais severos, afetando tanto a mucosa oral como tecidos adjacentes, tais como glândulas salivares, ossos, dentição e músculos envolvidos na mastigação. 

Mucosite Associada ao Tratamento Quimio ou Radioterápico

Os pacientes portadores de câncer de cabeça e pescoço que recebem radioterapia podem desenvolver reações, na mucosa, de diferentes intensidades.

A mucosite bucal, principal efeito colateral da quimio ou radioterapia em pacientes com câncer na cabeça e pescoço, refere-se à lesão eritematosa e ulcerativa da mucosa bucal observada em pacientes que recebem tratamento com radioterapia para câncer de cabeça e pescoço. Relatada como grave em 30,0% a 40,0% dos casos tratados, a mucosite está associada à febre, ao aumento significativo do risco de infecção local e sistêmica, ao aumento dos dias de internação para cuidados da mucosite e nutrição parenteral, além de aumentar o consumo de medicamentos para controle da dor. Todas essas alterações causam uma alteração enorme na saúde do doente, bem como um impacto econômico muito grande. Não raro, a mucosite provoca a interrupção do tratamento para o câncer.

Mecanismo de Ocorrência da Mucosite

 O mecanismo pelo qual ocorre a mucosite se baseia no fato de que a mucosa oral apresenta alta atividade mitótica e alto turnover celular. Devido ao alto grau de descamação celular, há necessidade continua de multiplicação celular para recobrir a mucosa oral. Tecidos com alta atividade mitótica respondem rapidamente à radiação uma vez que as fases mais sensíveis do ciclo celular são a G2 e a mitose. Dessa forma a mucosa é rapidamente afetada.

A manifestação clínica inicial da mucosite se dá através do surgimento de eritema nos tecidos moles ou no palato, com uma sensação de queimação, que pode ser acompanhada pelo desenvolvimento de ulcerações dolorosas de coloração esbranquiçada. Geralmente, aparece entre a segunda e terceira semana após o início da quimio ou radioterapia. Entre as principais consequências da progressão da mucosite, as ulcerações de larga extensão, está a possibilidade de infecção secundária e de sepse.

Além disso, a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), o aumento das interleucinas pró-inflamatórias (IL-2, IL-6 e TNF- a) e a indução do fator de transcrição nuclear kappa B (NF-kB) aumentam os processos de degradação das mucosas. O uso de suplementos pode auxiliar no manejo da mucosite, através dos seus efeitos anti-inflamatórios ou antioxidantes. Dessa forma, ocorre um retardo no aparecimento da mucosite, como também na sua severidade.

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Referências Bibliográficas

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