Cognição na
Pós-Menopausa
Benefícios do
Resveratrol
A demência e as doenças cerebrovasculares estão emergindo como as principais causas de morte em mulheres mais velhas. Além disso, as mulheres com mais de 55 anos têm maior risco de doenças cardiovasculares do que os homens ou mulheres jovens. Essas diferenças podem ser parcialmente atribuídas ao rápido declínio na meia-idade do estrogênio circulante após a menopausa.
O estrogênio é importante para retenção da memória, regulação metabólica e saúde óssea nas mulheres na pré-menopausa.
Portanto,
a perda de estrogênio pode acelerar o comprometimento cognitivo relacionado à
idade e aumentar o risco de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares.
O estrogênio atua nos receptores estrogênicos a e ß no endotélio para facilitar a vasodilatação mediada pelo óxido nítrico. Assim, a perda de estrogênio circulante após a menopausa tem um impacto negativo na microcirculação, resultando em enrijecimento arterial acelerado, perfusão tecidual reduzida e, consequentemente, funcionalidade diminuída de tecidos e órgãos. Além disso, há redução na resposta vasomotora no cérebro.
Resveratrol
O resveratrol pode atuar através de múltiplos mecanismos, incluindo Proteína Quinase Ativada por Adenosina Monofosfato, sirtuína-1 e via receptores de estrogênio para aumentar a produção de óxido nítrico endotelial e a biodisponibilidade.
Estudos prévios demonstraram que a suplementação regular com resveratrol pode melhorar a vasodilatação dependente do endotélio sistêmico e cerebral, medida pela dilatação fluxo-mediada da artéria braquial e responsividade cerebrovascular para hipercapnia e desafios cognitivos.
Estudo Comprova
Esse estudo randomizado, placebo-controlado e crossover teve como objetivo avaliar os efeitos da suplementação de resveratrol na função endotelial, cerebrovascular e cognitiva em mulheres na pós-menopausa
Resultados
ü Comparado ao placebo, a suplementação com resveratrol
resultou em melhora significativa de 33% na performance cognitiva geral;
ü Mulheres com idade =65 anos mostraram uma melhora
relativa na memória verbal com resveratrol comparado com aquelas mais jovens
(idade inferior a 65 anos);
ü Além disso, o resveratrol melhorou os parâmetros
secundários, incluindo velocidade do fluxo sanguíneo cerebral (CBFV) médio em
repouso, responsividade cerebrovascular (CVR) para hipercapnia, CVR para
estímulos cognitivos, insulina em jejum e índice de resistência à insulina.
Conclusão
A suplementação regular com resveratrol em baixas doses pode melhorar a cognição, a função cerebrovascular e a sensibilidade à insulina em mulheres na pós-menopausa. Isso pode se traduzir em uma desaceleração do declínio cognitivo devido ao envelhecimento e à menopausa, especialmente em mulheres na idade avançada.
Referências bibliográficas
THAUNG ZAW, J. J.; HOWE, P. R.;
WONG, R. H. Long-term effects of resveratrol on cognition, cerebrovascular
function and cardio-metabolic markers in postmenopausal women: A 24-month
randomised, double-blind, placebo-controlled, crossover study. Clin Nutr, Aug 27 2020.
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