Dermatite Atópica
Importância da
Microbiota Intestinal
A Dermatite Atópica Canina (DAC) é
uma doença de pele de caráter genético e inflamatório, na qual o animal
torna-se sensibilizado a antígenos ambientais mediante a formação de anticorpos
IgE, o que causa afecção alérgica pruriginosa (OLIVRY; DEBOER; GRIFFIN; HALLIWELL
et al., 2001).
A normalidade do indivíduo se dá pelo equilíbrio desses diferentes tipos de células. O aumento exacerbado de qualquer um deles pode levar a doenças alérgicas (Th2) ou autoimunes (Th1) (BERBL; RUIZ; SAMPAIO; CARREIRA et al., 2016).
Após o reconhecimento
das bactérias pelas células dendríticas, por meio de alguns receptores
denominados toll-like, a ação da microbiota intestinal na
imunorregulação acontece (BERBL; RUIZ;
SAMPAIO; CARREIRA et al., 2016).
Microbiota
A microbiota residente é importante na manutenção da integridade estrutural e funcional do intestino e na regulação do sistema imunológico. É um importante fator de imunidade ao hospedeiro, ajuda a proteger contra enteropatógenos invasores e fornece benefícios nutricionais ao hospedeiro.
A ruptura da microbiota (disbiose) pode levar a graves problemas de saúde, tanto no trato gastrointestinal quanto nos sistemas de órgãos extra intestinais (CRAIG, 2016).
Dermatite Atópica
Importância da
Microbiota Intestinal
O comprometimento da barreira mucosa intestinal parece estar envolvido na patogênese da DA humana e é um fator de risco para alergia alimentar canina, um participante de um subconjunto de cães com DA. A função da barreira epidérmica prejudicada e o funcionamento do sistema imunológico foram documentados na patogênese da DA humana e canina.
O comprometimento da barreira mucosa intestinal parece estar envolvido na patogênese da DA humana e é um fator de risco para alergia alimentar canina, um participante de um subconjunto de cães com DA.
A função da barreira epidérmica prejudicada e o funcionamento do sistema imunológico foram documentados na patogênese da DA humana e canina.
A manipulação da microbiota intestinal canina pode ser
tentada de várias maneiras:
® Pela
modificação da dieta;
® Uso
de probióticos e prebióticos. A exposição precoce aos probióticos demonstrou
ter efeitos clínicos e imunológicos a longo prazo em um modelo canino de
dermatite atópica;
® Minimizando
o estresse;
® Através da correção e prevenção de baixa acidez estomacal (WEESE, J. SCOTT; ARROYO, LUIS, 2003).
Evidências do Uso de Probióticos
Lactobacillus - De acordo com um estudo, administração da cepa probiótica Lactobacillus por 2 meses reduziu significativamente o índice de gravidade da doença em cães experimentais diagnosticados com DAC. Além disso, um mês antes da medicação com Lactobacillus houve diferença significativa no escore PVAS em cães experimentais para os grupos Lactobacillus e placebo. No entanto, após 2 meses de tratamento resultou em uma diminuição significativa nos valores da pontuação CASESI no grupo tratado com Lactobacillus (p <0,06) (KIM; RATHER; KIM; KIM et al., 2015).
Bifidobacterium longum e Lactobacillus paracasei - Estudos adicionais em humanos evidenciaram o valor da terapia tópica com probióticos Bifidobacterium longum e Lactobacillus paracasei para atenuar a inflamação mediada pela substância P na pele (um mediador primário de amplificação, induzido pelo estresse, que leva à inflamação e à produção de sebo).
L. paracasei
é Eficaz na Dermatite Atópica Canina
O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia complementar da administração oral de Lactobacillus paracasei na dermatite atópica canina (DAC) (OHSHIMA-TERADA; HIGUCHI; KUMAGAI; HAGIHARA et al., 2015).
Resultados:
ü As pontuações CADESI, EVA e prurido nos dois grupos em
12 semanas foram melhoradas em comparação com suas linhas de base;
ü Os escores CADESI e prurido no grupo 1 foram
ligeiramente inferiores aos do grupo controle e a redução dos escores de
medicamentos no grupo 1 foi significativamente menor em comparação com o grupo
controle.
Conclusão:
A administração oral de Lactobacillus paracasei pode ser útil em cães com DAC como terapia complementar, fornecendo um efeito poupador de esteroides.
Referências:
BERBL, C. Z.; RUIZ, K. F.; SAMPAIO, L. R. S. G.; CARREIRA, C. M. et al. PROBIOTICS IN THE TREATMENT OF ATOPIC DERMATITIS AND ACNE. 2016, 17, n. 2, 2016-09-22 2016. Probióticos; dermatite atópica; acne.
CRAIG, J. M. Atopic dermatitis and the intestinal microbiota in humans and dogs. Veterinary Medicine and Science, 2, n. 2, p. 95-105, 2016.
OHSHIMA-TERADA, Y.; HIGUCHI, Y.; KUMAGAI, T.; HAGIHARA, A. et al. Complementary effect of oral administration of Lactobacillus paracasei K71 on canine atopic dermatitis. Vet Dermatol, 26, n. 5, p. 350-353, e374-355, Oct 2015.
OLIVRY, T.; DEBOER, D. J.; GRIFFIN, C. E.; HALLIWELL, R. E. et al. The ACVD task force on canine atopic dermatitis: forewords and lexicon. In: Vet Immunol Immunopathol. Netherlands, 2001. v. 81, p. 143-146.
WEESE, J. S.; ARROYO, L. Bacteriological evaluation of dog and cat diets that claim to contain probiotics. Can Vet J, 44, n. 3, p. 212-216, Mar 2003.
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