Tratamento Quimioterápico
Efeitos Adversos Relacionados
O tratamento quimioterápico está associado a graves efeitos tóxicos que variam com a dose e o paciente, e às vezes levam à suspensão da quimioterapia, o que afeta adversamente o prognóstico e, eventualmente, reduz as taxas de sobrevivência dos pacientes.
As terapias visam especificamente não apenas as células cancerosas, mas também as células proliferativas normais, causando:
- Inibição da proliferação celular;
- Instabilidade genômica;
- Superprodução de diferentes produtos tóxicos reativos e mediadores e necrose.
Em particular, os quimioterápicos são responsáveis por uma produção excessiva de espécies radicais de oxigênio (ROS) e mediadores inflamatórios que desencadeiam mecanismos patológicos de dano celular, alterando os parâmetros fisiológicos normais das células.
5-Fluorouracil
Como a maioria dos agentes quimioterápicos, o 5-FU não tem uma ação seletiva direcionada às células cancerosas e isso leva a uma série de efeitos colaterais graves, como dermatite.
Pomegranate
Estudos Comprovam
Estudo 1
Esse estudo avaliou os efeitos do extrato de romã (Punica granatum L.) (PPJE) no estado oxidativo e inflamatório em queratinócitos da pele humana tratados com 5-FU (HaCaT)
Resultados
ü Os resultados obtidos mostraram que o PPJE inibiu significativamente a liberação de espécies reativas de oxigênio e aumentou a resposta antioxidante celular, conforme indicado pelo aumento da expressão de enzimas citoprotetoras, como heme oxigenase-1 e NAD(P)H desidrogenase [quinona] 1;
ü O PPJE também inibiu a formação de nitrotirosina e a resposta inflamatória induzida por 5-FU, conforme indicado pela redução do nível de liberação de citocinas;
ü Além disso, o PPJE inibiu a translocação nuclear de p65-NF-?B, um fator chave que regula a resposta inflamatória. Em células HaCaT tratadas com 5-FU, o PPJE também inibiu a apoptose e promoveu a reparação de feridas.
Conclusão
Esses resultados sugerem um uso potencial do extrato de Punica granatum como um adjuvante no tratamento do estado oxidativo e inflamatório que caracteriza os efeitos colaterais cutâneos induzidos pela quimioterapia.
Estudo 2
Um outro estudo avaliou o efeito protetor do pomegranate contra a dermatite e a mucosite induzida pela radioterapia
Resultados
ü A maioria dos pacientes do grupo tratado com pomegranate (grupo 1) apresentaram mucosite grau 1 e 2. Já no grupo controle (grupo 2) a maioria dos pacientes apresentaram mucosite grau 3. Em relação a dermatite, foi observado que 80% dos pacientes do grupo 1 apresentavam grau 1 e 2 e mais de 90% dos pacientes do grupo controle apresentavam grau 3 e 4.
Conclusão
Esse estudo demonstrou o papel do pomegranate na prevenção da severidade da dermatite e mucosite induzida pela radioterapia em pacientes com câncer de cabeça e pescoço.
Referências bibliográficas
RAPA, S. F.; MAGLIOCCA, G.; PEPE, G.; AMODIO, G. et al. Protective Effect of Pomegranate on Oxidative Stress and Inflammatory Response Induced by 5-Fluorouracil in Human Keratinocytes. Antioxidants, 10, n. 2, 2021.
THOTAMBAILU, A. M.; BHANDARY, B. S. K.; SHARMILA, K. P. Protective Effect of Punica granatum Extract in Head and Neck Cancer Patients Undergoing Radiotherapy. Indian J Otolaryngol Head Neck Surg, 71, n. Suppl 1, p. 318-320, Oct 2019.
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