Uso do Picnogenol em
Pacientes com Melasma
Apresenta
Significativa Ação Anti-Inflamatória e Antioxidante
O melasma é uma hipermelanose comum, adquirida, simétrica, caracterizada por máculas acastanhadas, mais ou menos escuras, de contornos irregulares, com limites nítidos, nas áreas fotoexpostas, especialmente face, fronte, têmporas e, mais raramente, nariz, pálpebras, mento e membros superiores.
Afeta ambos os sexos, com maior incidência em mulheres, especialmente gestantes. Ocorre em todas as raças, particularmente em indivíduos com fototipos intermediários, que vivem em áreas com elevados índices de radiação ultravioleta (UV).
Fatores
Envolvidos no Melasma e Tratamento
Apesar de sua etiopatogenia não ser inteiramente conhecida, múltiplos fatores estão envolvidos, especialmente a influência hormonal associada à gravidez, contraceptivos orais, terapia de reposição hormonal, radiação ultravioleta A e B, predisposição genética, fármacos fototóxicos, anticonvulsivantes e disfunção tireoidiana.
O tratamento atual do melasma pode ser
dividido em duas categorias: tópico e oral. De forma geral, o tratamento
do melasma, tanto tópico quanto oral, permanece um desafio por ser essa uma
condição refratária e recorrente. O objetivo do tratamento é reduzir a síntese
de melanina, inibir a formação de melanossomas e promover sua degradação.
Independentemente do despigmentante utilizado, a fotoproteção de amplo espectro
é essencial para prevenir a formação de nova melanina e para diminuir a
oxidação da melanina pré-formada.
Picnogenol no Melasma
O picnogenol é extrato da casca do pinheiro francês (Pinus pinaster), é um potente antioxidante. Estudos in vitro demostraram que esse antioxidante é mais potente do que as vitaminas E e C. Além disso, ele recicla a vitamina C, regenera a vitamina E e aumenta o sistema enzimático antioxidante endógeno. Por possuir ação protetora contra radiação ultravioleta, sua eficácia no melasma tem sido estudada.
O picnogenol possui a capacidade de inibir a tirosina quinase e vem demonstrando ação na regulação da biossíntese de melanina. Estudos in vitro demonstram sua habilidade em suprimir superóxidos, óxido nítrico e o radical hidroxila, expressando dessa forma significativo poder antioxidante e antimelanogênico. O picnogenol também reduz a expressão de genes associados com a síntese de interleucinas pró-inflamatórias.
Estudo conduzido por Lima et al. (2020) avaliaram os efeitos do picnogenol oral em comparação com o placebo em pacientes com melasma facial.
Resultados
Ø Todas
as participantes completaram o estudo;
Ø A
média de idade das participantes era de 39 anos e mais de 90% apresentavam pele
fototipo III a IV;
Ø Todos
os grupos apresentaram diminuição dos escores do mMASI e melhora dos escores
que medem a qualidade de vida (p<0,01);
Ø A
média de diminuição dos escores do mMASI foi de 49% no grupo 1 e de 34% no grupo
2;
Ø A
redução do mMASI foi mais significativo no grupo picnogenol (p<0,05);
Ø As
análises do GAIS resultaram em melhoras de 86% para as participantes do grupo 1
e 55% para aquelas do grupo 2;
Ø
Não foram observados efeitos adversos
relacionados com o uso do picnogenol.
Conclusão
O picnogenol foi bem tolerado e aumentou a efetividade das terapias tópicas no tratamento do melasma facial em mulheres.
Referências
LIMA,
PB. et al. French maritime pine bark extract (pycnogenol) in
association with triple combination cream for the treatment of facial melasma
in women: a double-blind, randomized, placebo-controlled trial. J Eur Acad
Dermatol Venereol. 2020 Aug 25. doi: 10.1111/jdv.16896. Online ahead of print.
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