Diabetes e Doença Renal
Benefícios da Suplementação de Melatonina
O diabetes mellitus é associado com um status inflamatório crônico e é considerado uma das principais causas de Doença Renal Terminal (DRT).
Diversos fatores incluindo resistência à insulina, aumento de espécies reativas de oxigênio (EROs), redução da defesa antioxidante, infecção e comorbidades, como hipertensão arterial exacerbam o estado inflamatório em pacientes em hemodiálise (SOLEIMANI; MOTAMEDZADEH; ZARRATI MOJARRAD; BAHMANI et al., 2018).
A melatonina é uma indoleamina endógena, que é sintetizada e secretada pela glândula pineal.
Estudos em humanos e animais sugerem que a melatonina pode melhorar os componentes da síndrome metabólica, como a glicose elevada e resistência à insulina, hipertensão, dislipidemia e obesidade.
O estresse oxidativo e a inflamação desempenham um papel-chave na patogênese da progressão da lesão renal.
A melatonina elimina diretamente os radicais livres e estimula a atividade e a expressão de enzimas antioxidantes. Além disso, diminui a expressão gênica relacionada a marcadores inflamatórios (OSTADMOHAMMADI; SOLEIMANI; BAHMANI; AGHADAVOD et al., 2019).
Melatonina é Benéfica para Pacientes Diabéticos Submetidos a Hemodiálise
Esse estudo clínico, randomizado, duplo-cego e placebo-controlado teve como objetivo avaliar os efeitos da suplementação de melatonina nos parâmetros de saúde mental, controle glicêmico, risco de marcadores cardiometabólicos e estresse oxidativo em pacientes submetidos a hemodiálise (OSTADMOHAMMADI; SOLEIMANI; BAHMANI; AGHADAVOD et al., 2019).
Resultados:
ü A suplementação de melatonina reduziu
significativamente o Pittsburgh Sleep
Quality Index, Beck Depression Inventory index e Beck Anxiety Inventory index comparado ao placebo;
ü Além disso, a administração de melatonina reduziu significativamente
a glicose plasmática em jejum (ß= -21,77 mg/dL),
os níveis de insulina sérica (ß= -1,89 µIU/mL) e Modelo de avaliação da Homeostase de
Resistência à Insulina (HOMA-IR; ß= -1,45),
e aumentou o índice de verificação quantitativa da sensibilidade à insulina (ß= 0,01) comparado ao placebo;
ü Houve também redução nos níveis séricos de Proteína C
de Alta Sensibilidade (ß= -1,92 mg/L) e malondialdeído plasmático (ß= -0,21 µmol/L),
além do aumento significativo na capacidade antioxidante total plasmática (ß= 253,87 mmol/L) e níveis de óxido nítrico (ß= 2,99 µmol/L)
no grupo 1 comparado ao placebo.
Conclusão:
A suplementação de melatonina por 12 semanas em pacientes diabéticos sob hemodiálise tem efeitos benéficos na saúde mental, controle da glicemia, marcadores inflamatórios e estresse oxidativo.
OSTADMOHAMMADI, V.; SOLEIMANI, A.; BAHMANI, F.; AGHADAVOD, E. et al. The Effects of Melatonin Supplementation on Parameters of Mental Health, Glycemic Control, Markers of Cardiometabolic Risk, and Oxidative Stress in Diabetic Hemodialysis Patients: A Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled Trial. J Ren Nutr, Oct 6 2019.
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