Estudo Demonstra o Uso do Minoxidil Oral em Homens com Alopecia Androgenética

Baixas Doses de Minoxidil por Seis Meses Aumentaram o Diâmetro e a Densidade Capilar em 78% dos Pacientes

Minoxidil Oral na Alopecia Androgenética Masculina

Uso de Baixas Doses Mantém a Capacidade de Estimular o Folículo Piloso

O minoxidil oral tem sido usado na alopecia androgenética para resultados significativos no aumento do crescimento capilar. Em homens com alopecia androgenética, o minoxidil oral tem sido usado em monoterapia ou em combinação com outras terapias e sua dosagem varia de 0,25mg a 5 mg ao dia. Alguns efeitos adversos foram reportados dentre eles: destacam-se edema de membros inferiores, hipertricose generalizada, urticária e outras reações alérgicas.

Minoxidil no Tratamento 

É um derivado pirimidina piperidina e um potente vasodilatador com eficácia na hipertensão severa quando administrado via oral. O mecanismo de ação no tratamento da alopecia androgenética ainda é pouco conhecido. Uma hipótese se baseia na sua ação vasodilatadora. Foi evidenciado o aumento de fluxo sanguíneo na pele após aplicação de minoxidil no couro cabeludo. Além de vasodilatador, minoxidil pode apresentar propriedades angiogênicas. Foi evidenciado que o minoxidil aumentou a proliferação em cultura de células da papila dérmica. Dados recentes sugerem que minoxidil pode atuar na expressão gênica e ativação de vias de sinalização levando à regulação positiva de genes que codificam proteínas associadas à queratina e regulação negativa da quinase ligada à integrina (ILK), oncogene viral de timoma murino (Akt) e proteínoquinases ativadas por mitógenos (MAPK) no couro cabeludo. O minoxidil é uma pró-droga que para exercer seu efeito (tanto vasodilatador como de estímulo ao folículo) precisa ser convertido a sulfato de minoxidil pela enzima minoxidil sulfotransferase.

Limitação e Benefício do Minoxidil Oral

A principal limitação do uso de minoxidil oral para tratamento da alopecia androgenética são seus efeitos colaterais (principalmente taquicardia, edema e hipertricose). Considerando que tais efeitos são dose dependentes, o uso do minoxidil oral em baixas doses poderia minimizá-los, mas ainda preservar ação estimulatória no folículo piloso. Outro possível benefício da terapia oral seria em relação à adesão ao tratamento por maior comodidade e menor impacto na cosmética capilar.

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Estudo Comprova:

Minoxidil Oral em Baixas Doses no Gerenciamento da Alopecia Androgenética Padrão Masculino

Esse estudo conduzido por Jha et al. (2020) teve como objetivo avaliar a efetividade de baixas doses de minoxidil oral em homens com alopecia androgenética.

Resultados: 

Ø  Após 24 semanas as medidas fotográficas globais revelaram uma melhora marcante em 14 pacientes e leve em 13 pacientes, respectivamente;

Ø  Também foram observadas melhoras de acordo com a escala de Hamilton-Norwood;

Ø As análises tricoscópicas mostraram uma melhora na densidade e no diâmetro capilar após 24 semanas de tratamento. Estes resultados positivos foram vistos em 78,1% dos pacientes quando comparado com a linha base;

Ø  Um paciente descontinuou o tratamento devido ao edema de membros inferiores e a hipertricose.

Conclusão:

O minoxidil oral pode ser usado em homens com alopecia androgenética, embora uma dose mais alta pode ser necessária se após seis meses de tratamento a resposta não for satisfatória. 

Referência:

JHA, AK. et al. Efficacy and safety of very-low-dose oral minoxidil 1.25 mg in male androgenetic alopecia. J Am Acad Dermatol. 2020 Nov;83(5):1491-1493. doi: 10.1016/j.jaad.2020.05.129. Epub 2020 May 31.