Doença Inflamatória Crônica Intestinal

Uso de Palmitoiletanolamida é Eficaz no Tratamento da Doença

Doença Inflamatória Crônica Intestinal

Características do Palmitoiletanolamida no Tratamento

Doenças gastroentéricas compõem grande parte da casuística da clínica médica de pequenos animais, e esse quadro possui, entre outras, várias etiologias: virais, parasitárias, bacterianas, intoxicações em geral e alimentares, entre as quais as enterites virais ocupam um papel importante, representando mais de 80% dos casos de gastroenterite canina.

Doença Inflamatória Crónica do Intestino (IBD)

É um termo que designa um conjunto de entidades clínicas, caracterizadas por sinais gastrointestinais persistentes ou recorrentes em que haja evidência histológica, no material recolhido através de biopsia, de infiltração de células inflamatórias de várias origens a nível da mucosa, mais propriamente na lâmina própria, podendo, por vezes, estender-se à submucosa.

PEA e amidas relacionadas pertencem a uma classe de compostos fisiológicos, isto é, ALIAmidas, comumente presentes em plantas e fontes de alimentos animais. A maioria dos ALIAmides são componentes próprios do corpo, produzidos localmente “sob demanda” para fins homeostáticos. Uma grande quantidade de evidências apoia a função de pró-resolução da PEA endógena e amidas lipídicas relacionadas.

A este respeito, o palmitoiletanolamida (PEA) tem sido referido como um “guardião” intestinal, cujos níveis aumentados contribuem para o bloqueio da barreira intestinal e para a redução da inflamação intestinal.

As ações multitargetais desses compostos naturais bioativos, suas interações mútuas e a estreita relação com o sistema endocanabinoide são as principais características para atender às necessidades de saúde dos diferentes sistemas do corpo.

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Palmitoiletanolamida 

Mecanismo do PEA

à Ativa diretamente ou indireta dos receptores PPAR-a e CB2;

à Restaura a permeabilidade da barreira intestinal por meio da regulação das junções intercelulares;

à Reduz o recrutamento de células inflamatórias (macrófagos e neutrófilos);

à Diminui a diarreia induzida por vírus;

à Melhora a motilidade intestinal;

à Reduz o índice de atividade de IBD canina.

Resultados

ü  Um estudo clínico concluiu que a suplementação dietética com PEA é capaz de minimizar a dor abdominal em pacientes humanos afetados com síndrome do intestino irritável. Quase todos os estudos relatados usaram PEA na forma ultra-micronizada, que, como dito anteriormente, é caracterizada por melhor biodisponibilidade e um efeito enteroprotetor superior.

Um aspecto incipiente e muito interessante do sistema endocanabinoide na homeostase gastrointestinal é que ele interage com a microbiota intestinal, com esta última sendo recentemente demonstrado que influencia os tônus ??do sistema endocanabinoide. Por sua vez, a deleção no tecido adiposo do gene que codifica uma das principais enzimas nas vias biossintéticas de NAEs (Napepld) altera profundamente a composição da microbiota intestinal, fornecendo assim um forte suporte para a função de PEA e congêneres na manutenção da homeostase da microbiota.

Referências bibliográficas

BARROS, P.A.B. et al. Gastroenterite eosinofílica canina: revisão de literatura. PUBVET, Londrina, V. 7, N. 16, Ed. 239, Art. 1575, Agosto, 2013

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA Faculdade de Medicina Veterinária DOENÇA INFLAMATÓRIA CRÓNICA DO INTESTINO: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A IMAGEM ENDOSCÓPICA E O RESULTADO HISTOPATOLÓGICO EM 73 CANÍDEOS JOANA DE OLIVEIRA MARQUES GUÍMARO 2010 LISBOA

Vet Sci. 2020 Jun; 7(2): 78.Published online 2020 Jun 16. doi: 10.3390/vetsci7020078PMCID: PMC7355440PMID: 32560159Palmitoylethanolamide and Related ALIAmides: Prohomeostatic Lipid Compounds for Animal Health and WellbeingEnrico Gugliandolo,1 Alessio Filippo Peritore,1 Cristian Piras,2 Salvatore Cuzzocrea,1,3,* and Rosalia Crupi4