Sabe-se
que a luz solar é extremamente importante para a síntese de Vitamina D,
controle do ritmo circadiano e promoção do bem-estar, no entanto, pode causar
reações inflamatórias agudas e crônicas na pele, câncer e fotoenvelhecimento. O
envelhecimento do corpo humano desencadeia mudanças funcionais e estéticas na
pele, onde os expossomas, junção dos fatores ambientais e biológicos nocivos ao
organismo, são os principais aceleradores desse processo.
Ameaça invisível
Embora
o sol seja a principal fonte de radiação visível e UV que interagem com a
epiderme, outras fontes comuns, como luz fluorescente, lâmpada incandescente,
fotocopiadoras e lâmpadas para fototerapia também emitem esses raios.
O
espectro UV pode ser subdividido em UVA, UVB e UVC, diferenciados pelos comprimentos
de ondas. Os raios UVA (320 - 400 nm) atingem as áreas mais profundas da pele,
os raios UVB (290 - 320 nm) possuem comprimento de onda mais curtas e penetram
menos a cútis e os raios UVC (200 - 290 nm) são amplamente absorvidos pelo DNA
e podem ser letais para as células da epiderme.
A
radiação ultravioleta induz a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs),
o que resulta em danos genéticos, levando à ativação do sinal citoplasmático e
vias de transdução que estão relacionadas com o crescimento, diferenciação,
senescência replicativa e degradação do tecido conjuntivo (Ding S. et al., 2017).
Danos (muito) visíveis
A pele
fotoenvelhecida tem como características a perda da força e elasticidade devido
a degradação e desorganização das fibras de colágeno, apresenta rugas finas e
profundas, irregularidades na pigmentação e alteração na superfície da pele, como
aspereza, ressecamento e descamação.
Além
disso, como consequência do fotoenvelhecimento, há também um aumento do
desenvolvimento de neoplasias benignas e malignas na pele. Atualmente as
pessoas estão acostumadas a usar filtros solares que promovem proteção contra a
radiação solar. Por outro lado, cada vez mais estudos citam os efeitos
benéficos do uso de suplementos orais como coadjuvantes na proteção cutânea
contra a radiação UVA e UVB.
Como defender a pele
A
principal defesa contra os danos ambientais é a capacidade antioxidante da
pele. No entanto, este sistema de defesa pode ser comprometido pela exposição
moderada à luz UV. Por isso, reforçar o sistema de defesa antioxidante da pele
é uma estratégia potencialmente importante para reduzir os danos à pele
induzidos pelo ambiente.
A
proteção da pele por filtro solar associado a um agente oral fotoprotetor teria
benefícios relevantes. Os antioxidantes exógenos, como Astaxantina, Zeaxantina,
Green tea, Vitamina E, Pomegranate e Pinus pinaster inibem a queimadura
solar, a imunossupressão e a fotocarcinogênese enquanto agem diretamente na
prevenção das lesões causadas pelo radical de oxigênio.
Lembre-se:
o uso do fotoprotetor de uso tópico é indispensável.
Farmacêutica, Pós-graduada em Tecnologia Cosmética e com MBA em Cosmetologia. Atua na área de Farmácia Magistral ao longo de sua carreira. Trabalha como Consultora Técnica na Consulfarma e no Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa há mais de 9 anos. Integrante do Corpo Docente do Instituto de Cosmetologia.