São
poucos os que fazem visitas médicas, e dos que fazem, nem todos têm o retorno
esperado. Um dos motivos que dificultam esse êxito é o relacionamento já
estabelecido entre os médicos e outras farmácias mais antigas. O que resta
fazer? Não se preocupe, esse problema não atinge apenas você, e a resposta para
os seus problemas está aqui.
A
visitação não é tão simples quanto parece e não se limita a uma apresentação
dos produtos. Prova disso é que menos de dez por cento das farmácias de
manipulação fazem visitação. É possível sobreviver sem a visitação, situação da
maioria do mercado, mas se for traçada a estratégia correta, essa ferramenta certamente
trará resultados. A grande vantagem é poder contar com os prescritores, afinal,
eles vão encaminhar a demanda diretamente para o seu estabelecimento.
Listamos
a seguir os três erros mais comuns da farmácia ao fazer as visitas. Dê uma
olhada.
1) O visitador
A
visita nada mais é do que um relacionamento, mas além disso, o visitador tem
como obrigação se colocar como suporte científico do médico, e desta maneira,
estabelecer uma relação de confiança com ele. Isso aumenta as chances de
converter receitas para a farmácia.
Não
há obrigação de ser farmacêutico de formação para fazer as visitações, mas é
necessário muito estudo, experiência e simpatia para explicar, dar o suporte ao
prescritor e ter propriedade na fala. A habilidade de comunicação deve ser um
dos fortes deste visitador, afinal, tudo precisa estar na ponta da língua:
mecanismos de ação, estudos, custo-benefício e principais diferenciais do ativo
perante os concorrentes.
2) O material
Na
visitação, um dos maiores erros é querer expor os produtos do próprio
fornecedor ao invés de divulgar algo personalizado. Essa prática não fortalece
a sua marca, mas sim a do fornecedor de matéria-prima, ou seja, o nome da
farmácia passará despercebido e as receitas não chegarão depois.
Vale
a pena visitar na companhia do representante do fornecedor? Depende. Hoje vocês
são parceiros, mas amanhã pode ser um concorrente com a marca já estabelecida
na mente dos médicos às suas custas.
O
ideal é contratar uma consultoria personalizada, que faça trabalhos testados e
analise as melhores funções. Contrate alguém que faça trabalhos científicos com
materiais de alta relevância, assim é possível imprimir material com seu logo
para valorizar a marca, o que aumenta as chances de conversão.
3) Desistir ou insistir no médico errado
É
comum visitar o médico duas ou três vezes e ele não te mandar nada. O primeiro
reflexo é parar de visitá-lo, e essa iniciativa pode ser correta ou errônea. A
visita é relacionamento, lembra? É preciso usar técnicas como a empatia e usar
gatilhos mentais, métodos que todo bom visitador precisa saber.
Apesar
da venda ser o objetivo final, o visitador não pode parecer um vendedor
desesperado por divulgar seu produto. O recomendado é aliar todas as técnicas
citadas, ter um bom conteúdo científico e ser um expert no assunto para ganhar
credibilidade e conseguir as conversões.
Existem
médicos que são parceiros de longa data de farmácias, e esses são os alvos mais
difíceis, mas é este tipo de relação que o visitador busca criar. Mutualismo.
Se não deu certo depois das tentativas iniciais, parta para outra, afinal,
tempo e dinheiro não estão sobrando.
Fazer
as visitas requer tempo, dinheiro, estudo, paciência e, principalmente,
disposição. Com esses fatores reunidos, os resultados vêm com o tempo e a
farmácia impulsiona sua marca. Organize suas visitas e seja mais um case de
sucesso.
Diretor Comercial da Consulfarma. Especialista em Relacionamento Organizacional atuando há vários anos no mercado magistral com consultoria de propaganda médica. Organizador do Congresso Consulfarma, idealizador do Simpósio de Empreendedorismo Magistral e do Congresso Hi-Nutrition. Atuou na área de Visitação Médica, Industria Farmacêutica e Dermocosmética.