Combinação Fitoterápica na Doença Pulmonar

Estudos Científicos
12/jul/2024

Reduz a Chance de Progressão da Fibrose


Doença Pulmonar Pós-Covid

Fitoterápicos Podem Auxiliar no Controle dessa Patologia

 

Os primeiros relatos de uma pneumonia viral atípica, que viria a receber o nome Coronavirus Disease 2019 (COVID-19), foram confirmados oficialmente em 31 de dezembro de 2019 (Freitas et al., 2022). No que se refere aos pacientes graves de COVID-19, observam-se complicações, como fenômenos tromboembólicos, miocardite com arritmias cardíacas, redução da função sistólica, comprometimento cognitivo (“brain fog”), encefalopatia aguda, fadiga, ansiedade, hiperglicemia e alterações nos níveis de enzimas hepáticas. Posteriormente, há a possibilidade do indivíduo apresentar complicações pulmonares, em que se destaca a doença intersticial pós-COVID, com fibrose pulmonar (FP) em alguns casos (Freitas et al., 2022).


Fibrose Pulmonar

Entre as consequências geradas por esse vírus, encontra-se o acometimento do sistema respiratório, no qual os pacientes podem apresentar diversas formas de comprometimento intersticial pulmonar (alterações da função pulmonar), a lesão pulmonar em forma de fibrose é abordada pela presente revisão. Entende-se a fibrose pulmonar como uma deposição maciça de matriz extracelular (ECM) no interstício dos pulmões associada à destruição do parênquima desses órgãos, ocasionando perda de função. A fibrose pulmonar pós-COVID, para alguns autores, foi definida como qualquer condição semelhante à fibrose, visto que a caracterização de irreversibilidade do quadro ainda não está bem esclarecida. Ademais, alterações compatíveis com fibrose estiveram presentes em 56% dos pacientes que apresentaram quadro sintomatológico moderado de COVID-19 e em 71% dos pacientes com manifestações graves, três meses após a reabilitação da doença (Freitas et al., 2022).

 

Ressalta-se que durante a fase aguda da COVID-19, as lesões pulmonares podem ocasionar alterações nas trocas gasosas e na mecânica ventilatória. Dessa maneira, a suplementação com oxigênio é realizada até que o paciente consiga se restabelecer do desequilíbrio causado pela resposta imune ao vírus SARS-CoV-2. Por outro lado, durante a fase crônica da doença, a redução da complacência pulmonar associada a um aumento da inflamação são os mecanismos relacionados ao desenvolvimento de fibrose. É válido salientar, ainda, que os mecanismos moleculares relacionados à fibrose pulmonar seguem pouco conhecidos (Freitas et al., 2022).


Um estudo realizado por pesquisadores italianos avaliou os efeitos da suplementação de dois fitoterápicos (picnogenol e Centella asiatica) em pacientes com doença intersticial e fibrose pulmonar (associados ou não com a COVID-19). Essas substâncias podem apresentar um efeito auxiliar significativo na diminuição do estresse oxidativo e da inflamação, o que pode acarretar em uma evolução mais lenta para os quadros de fibrose.



Estudo Comprova:

Fitoterápicos Auxiliam no Gerenciamento das Sequelas da Pneumonia Intersticial Idiopática

 

O objetivo deste estudo, publicado no periódico Minerva Medica, foi avaliar a combinação de picnogenol e Centella asiatica em indivíduos com sequelas de pneumonia intersticial idiopática. Recentemente, a doença pulmonar pós-COVID-19 está surgindo em um grande número de pacientes com doenças pulmonares crônicas. Dessa forma, essa combinação foi avaliada nesse grupo de pacientes. 




Resultados:

 

- O estresse oxidativo que estava muito alto em todos os indivíduos na inclusão diminuiu significativamente no grupo 1 (P <0,05);

- O Índice de Escala de Desempenho de Karnofsky melhorou de forma considerável no grupo 1 em comparação com o controle (P <0,05);

- Os sintomas (fadiga, dor muscular e dispneia) foram notavelmente menores após 8 meses nos pacientes suplementados (P<0,05) em comparação com o controle.

- Ao final do estudo, as pequenas lesões císticas e as bronquiectasias estavam estáveis ou em regressão parcial em quatro indivíduos do grupo 1 (vs. nenhum no grupo controle) com melhora expressiva do edema tecidual nos indivíduos suplementados;

- Na ultrassonografia pulmonar, o componente fibrótico branco (mais ecogênico) na inclusão foi de 18,5% nas imagens nos controles versus 19,4% no grupo suplemento. Ao final do estudo, não houve melhora nos controles (18,9%) vs. melhora significativa nos indivíduos suplementados (16,2%; P<0,05);

- Além disso, 18 indivíduos com doença pulmonar pós-COVID-19 foram incluídos no estudo. Dez pacientes foram tratados com a combinação presente no grupo 1 e avaliados após 4 semanas; 8 pacientes serviram como controles. Os resultados preliminares mostram que os sintomas associados à doença pulmonar pós-COVID-19, após 4 semanas, foram significativamente melhorados com a combinação de suplementos (P <0,05).

 

Conclusão:

 O picnogenol e a Centella podem melhorar o quadro clínico residual em pacientes pós-COVID-19 com doença pulmonar e reduzir o número de indivíduos que evoluem para fibrose pulmonar. 

Autor(a)

Equipe Técnica Consulfarma
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