Alternativa à Hidroquinona no Gerenciamento do Melasma

Estudos Científicos
10/out/2024

Metimazol Tópico é uma Opção Não Citotóxica e Não Mutagênica


Melasma

Benefícios do Metimazol

 

O melasma é um distúrbio hiperpigmentar comum nas áreas da face expostas ao sol que afeta principalmente mulheres com pele tipo III-V de acordo com a escala Fitzpatrick. Vários fatores podem exacerbar essa condição, incluindo:

- Exposição ao sol;

- Estados hiperestrogênicos como gravidez, pílulas anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal, outros medicamentos (por exemplo, drogas antiepilépticas e fototóxicas) e distúrbios (por exemplo, doença autoimune da tireoide).

 

O tratamento do melasma é difícil e tem um impacto negativo significativo na qualidade de vida dos pacientes.

 

Precauções com o Uso da Hidroquinona

 

O fármaco mais popular conhecido por reduzir a melanogênese pela inibição da tirosinase é a hidroquinona. No entanto, a remissão clínica é dose-dependente e a melhora máxima se revela após cerca de 2 meses. O uso a longo prazo também é necessário, o que gera efeitos colaterais como ocronose, e a recaída pode ocorrer após a interrupção do tratamento. Além disso, houve algumas preocupações em relação aos aspectos citotóxicos e mutagênicos da hidroquinona em humanos. Por isso, ela tem sido globalmente restrita, especialmente em países europeus.

Metimazol

 

A peroxidase é outra enzima envolvida em várias etapas da melanogênese, incluindo oxidação de DOPA a dopaquinona, polimerização oxidativa de monômeros de melanina para formar eumelanina e produção de feomelanina. O Metimazol exerce efeitos despigmentantes pela inibição da peroxidase e tem a vantagem de ser não citotóxico e não mutagênico em comparação com a hidroquinona.

 

Estudo Comprova

Metimazol pode ser Opção à Hidroquinona no Melasma

 

Este estudo duplo-cego teve como objetivo avaliar a eficácia e segurança do metimazol versus hidroquinona no tratamento do melasma (GHEISARI; DADKHAHFAR; OLAMAEI; MOGHIMI et al., 2020).

- A resposta clínica foi avaliada na 4ª, 8ª e 12ª semanas após o tratamento pelo escore MASI (Melasma Area and Severity Index), satisfação do paciente e pontuação do médico.

 

Resultados:

 

ü  Ambos os grupos apresentaram redução no escore MASI na 8ª semana, que foi mais significativa no grupo hidroquinona, mas também foi observada maior taxa de recaída neste grupo após a descontinuação do tratamento;

ü  Os efeitos colaterais foram semelhantes entre os grupos;

ü  Além disso, os escores de satisfação do paciente e do médico também foram mais favoráveis ??à hidroquinona 4%.

 

Conclusão:

 

O metimazol pode ser uma alternativa de tratamento do melasma isoladamente ou em combinação com outros despigmentantes. Embora não seja tão eficaz quanto a hidroquinona, os aspectos não citotóxicos e não mutagênicos do metimazol podem torná-lo uma alternativa promissora para o tratamento do melasma.


Referências:

GHEISARI, M.; DADKHAHFAR, S.; OLAMAEI, E.; MOGHIMI, H. R. et al. The efficacy and safety of topical 5% methimazole vs 4% hydroquinone in the treatment of melasma: A randomized controlled trial. J Cosmet Dermatol, 19, n. 1, p. 167-172, Jan 2020.

Autor(a)

Equipe Técnica Consulfarma
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