Alopecia X
Caraterísticas e Tratamento da Doença
O termo “alopecia X” ou aprisionamento do folículo piloso é
utilizado para definir um conjunto de manifestações cutâneas em cães, como
alopecia não inflamatória, bilateral, simétrica, normalmente sem prurido
associado (Gross et al., 2008;
Paradis, 2012). O animal acometido apresenta:
Ø
Pelagem sem brilho, que se desprende com
facilidade da pele;
Ø
Melanodermia;
Ø
Outras alterações clínicas inespecíficas.
A patogenia da doença não é bem esclarecida, mas acredita-se que inclua um componente hereditário associado a alterações de sensibilidade a receptores hormonais dos folículos pilosos.
Algumas raças de cães como Malamute do Alasca, Chow Chow, Husky Siberiano, Spitz Alemão e Samoieda são mais comumente acometidas, porém a doença pode ser diagnosticada em cães de qualquer raça
Tratamento
A Castração, administração de melatonina, trilostano são os mais comumente utilizados, com índices de repilação que podem atingir até 85% (Feldman et al., 2014; Frank, 2013; Peterson, 2007).
Toxicidade do Minoxidil
Minoxidil não é recomendado como tratamento para cães
alopécicos e gatos devido ao risco de intoxicação grave.
Melatonina
Apresenta Efeito Positivo no Tratamento da Alopecia X
Melatonina
De acordo com Frank et al. (2004), a melatonina é uma neurohormonio produzido pela glândula pineal, e tem um papel importante no que diz respeito ao controle dos ciclos circadianos e sazonais reprodutivos e de crescimento do pelo.
O sequenciamento genético realizado a partir de amostras de pele
de cães da raça Spitz Alemão com alopecia X foram identificadas alterações em
dez genes envolvidos na síntese de hormônios sexuais, vitamina D e metabolismo
da melatonina, reforçando a hipótese de que o metabolismo desses hormônios
esteja alterado localmente na pele de indivíduos portadores da doença (Brunner et al., 2017).
Além disso, constatou-se uma hiper-regulação de enzimas
envolvidas na degradação plasmática e dérmica da melatonina, o que explicaria a
resposta terapêutica do paciente à administração de melatonina, compensando
parcialmente esse aumento da degradação local (Frank, 2006; Brunner et al., 2017).
Resultados
ü Cerca de 50% dos animais com Alopecia X, tratados com
melatonina apresentam crescimento piloso, e aparentemente não tem induzido
efeitos colaterais em cães, mas não se recomenda o uso em animais utilizados
para a reprodução;
ü Pode ser empregada na dose de 3 a 6 mg /animal VO, SID
ou BID, até que ocorra crescimento máximo de novos pelos (cerca de três a
quatro meses);
PUBVET Doi: 10.31533/pubvet.v14n5a573.1-8v. 14 No. 05 p. 138
(2020)Alopecia X em cães: revisão. Adriana Leão de Carvalho Lima Gondim,
Adjanna Karla Leite Araujo
J Am Anim Hosp Assoc 2021; 57: Topical Minoxidil Exposures and
Toxicoses in Dogs and Cats: 211 Cases (2001–2019) Kathy C. Tater, MPH, DVM,
DACVD, Sharon Gwaltney-Brant, DVM, PhD, DABVT, DABT, Tina Wismer, MS, DVM,
DABVT, DABT–. DOI 10.5326/JAAHA-MS-7154)
Medvep Dermato - Revista de Educação Continuada em Dermatologia
e Alergologia Veterinária (2016); 4(13); Resposta a escarificação com
rasqueadeira, em cães da raça Spitz Alemão, diagnosticados com Alopecia X em
tratamento com melatonina mas refratários a repilação Cristiane Bazaga Botelho
- Flávia Tavares
Camila paganelli talarico alopecia x - relato de caso famev/ufu
Uberlândia, 2020https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/28794/1/alopecia-xrelatocaso.pdf
Nossa equipe quer muito dividir conhecimento com você, por isso postaremos por aqui assuntos relevantes para compartilhar tudo aquilo que é relevante para o mercado magistral. Aproveite!