Ácido Tranexâmico Tópico e Microagulhamento no Melasma

Estudos Científicos
18/out/2022

Redução Mais Significativa no Índice de Melanina quando Comparado com a Hidroquinona


Ácido Tranexâmico, Microagulhamento e Melasma

Resultados Mais Significativos no Gerenciamento dessa Patologia

 

O melasma é uma hipermelanose comum, adquirida, simétrica, caracterizada por máculas acastanhadas, mais ou menos escuras, de contornos irregulares, com limites nítidos, nas áreas fotoexpostas, especialmente face, fronte, têmporas e, mais raramente, nariz, pálpebras, mento e membros superiores.

 

A exposição à radiação ultravioleta, distúrbios endócrinos e emocionais (estresse) são alguns dos principais fatores de risco para o desencadeamento do melasma. Ainda não se sabe o mecanismo exato de como a doença se desenvolve. Múltiplas terapias, tais como: uso de vitaminas e fitoterápicos, terapias tópicas (hidroquinona e outros despigmentantes) e laserterapia, têm sido usados com a finalidade de melhorar a sintomatologia do melasma.

 

Ácido Tranexâmico

O ácido tranexâmico é uma convencional medicação homeostática que tem se tornado nos últimos anos um “padrão ouro” no gerenciamento do melasma, especialmente nos casos de melasma refratário ou recorrente. Essa substância é derivada da lisina, bloqueia a conversão de plasminogênio em plasmina e assim atua nos processos de coagulação sanguínea. Pode ser administrada tanto via oral quanto tópica. Em alguns pacientes as doses orais de ácido tranexâmico promovem desconforto gastrointestinal, o que pode limitar o seu uso. 


Microagulhamento, Ácido Tranexâmico e Melasma

O microagulhamento pode potencializar a permeação de ativos, uma vez que os microcanais aumentam em 80% a penetração de grandes moléculas. Além disso, o microagulhamento estimula a liberação de fatores de crescimento, como o TGF-ß, que atua no Fator de Transcrição de Tirosinase (MITF), responsável por regular a transcrição da família de genes de tirosinase. Alguns estudos clínicos e comparativos têm demonstrado que a associação de ácido tranexâmico com microagulhamento apresenta resultados mais satisfatórios na redução da hiperpigmentação em pacientes com melasma.




Estudo Comprova:

Uso do Ácido Tranexâmico Associado com o Microagulhamento no Melasma

 

Esse estudo conduzido por Xing et al. (2020) conduziram um estudo que teve como objetivo comparar a eficácia e segurança do microagulhamento com uma solução de ácido tranexâmico ou uso do ácido tranexâmico lipossomal em pacientes com melasma.



Resultados:

  1. ·         33,3% dos pacientes do grupo 1, 27,8% pacientes do grupo 2 e 30,0% pacientes do grupo 3 foram classificados com melhoras superiores a 50%;
  2. ·         O índice de malanina foi reduzido de maneira significativa em todos os grupos. Porém, os grupos 1 e 3 apresentaram resultados superiores ao grupo 2;
  3. ·         O índice de eritema foi significativamente reduzido nos grupos 1 e 2;
  4. ·       A dermatoscopia e a microspia confocal de refletância revelaram diminuição dos grânulos marrons em todos os grupos avaliados e diminuição da telangiectasia nos grupos 1 e 2.


Conclusão:

O uso do ácido tranexâmico com microagulhamento e o ácido tranexâmico lipossomal foram efetivos e seguros no gerenciamento do melasma.


Referência:

XING, X. et al. The efficacy and safety of topical tranexamic acid (liposomal or lotion with microneedling) versus conventional hydroquinone in the treatment of melasma. J Cosmet Dermatol. 2020 Oct 22. doi: 10.1111/jocd.13810. Online ahead of print.


Autor(a)

Equipe Técnica Consulfarma
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