Terapias
para o Gerenciamento do Melasma
Ácido Tranexâmico Menos Efeitos Adversos quando Comparado a outras Terapias
O melasma é uma hipermelanose adquirida, de caráter crônico, recorrente, simétrica, caracterizada por manchas marrons em áreas expostas ao sol, afetando predominantemente mulheres correspondendo a cerca de 90% dos casos.
Alguns fatores, como gravidez, terapia hormonal, radiação ultravioleta (UV) e a luz visível podem exacerbar a desordem.
Diversos tratamentos estão disponíveis
para o melasma, porém com respostas variadas. Algumas opções são os protetores
solares, esteroides tópicos, retinoides, hidroquinona (agente clareador), ácido
glicólico, ácido kójico, ácido azelaico e tratamentos com dispositivos como lasers, luz intensa pulsada ou ainda uma
combinação de algumas das opções citadas.
Ácido Tranexâmico no Melasma
O ácido tranexâmico é um inibidor de plasmina. É um derivado sintético do aminoácido lisina e exerce seus efeitos através do bloqueio reversível da ligação de lisina na molécula de plasminogênio, inibindo o ativador de plasminogênio de convertê-lo em plasmina. A radiação ultravioleta (UV) induz a síntese de plasminogênio e aumenta a atividade da plasmina nos queratinócitos, a liberação intracelular de ácido araquidônico, um precursor de prostanoides e o nível aumentado do hormônio alfa-melanócito estimulante (MSH) podem ativar a síntese de melanina. Portanto, a atividade antiplasmina do ácido tranexâmico pode ser o principal mecanismo responsável pelo efeito hipopigmentante deste agente, uma vez que a plasmina reconhecidamente aumenta a formação de precursores melanogênicos e também a liberação de bFGF, que é um potente fator de crescimento de melanócitos.
Estudo Demonstra
Um estudo conduzido por Janney et al. (2019) teve como objetivo comparar a eficácia de um tratamento tópico com 5% de ácido tranexâmico com uma terapia com 3% de hidroquinona em pacientes com melasma.
Resultados
Ø A maior incidência de melasma nos pacientes
foi o misto (63%);
Ø A porcentagem de redução dos escores do MAIS
foi de 27% e 26,7% nos grupos 1 e 2, respectivamente após 12 semanas. A
diferença entre os dois grupos não foi significativa;
Ø Porém, a satisfação do tratamento com o
ácido tranexâmico foi maior no grupo 1 (p=0,03) devido a menor incidência de
efeitos adversos.
Conclusão
O ácido tranexâmico tópico a 5% apresentou eficácia semelhante ao creme de hidroquinona a 3% em pacientes com melasma, mas com uma taxa de efeitos adversos menor.
Referências bibliográficas
JANNEY, MS. et al. A Randomized Controlled Study Comparing the Efficacy
of Topical 5% Tranexamic Acid Solution versus 3% Hydroquinone Cream in Melasma.
J Cutan Aesthet Surg. Jan-Mar 2019;12(1):63-67. doi: 10.4103/JCAS.JCAS_40_18.
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