Ácido Tranexâmico Oral como Alternativa no Gerenciamento do Melasma

Estudos Científicos
11/set/2023

Eficácia e Segurança Clínica Comprovadas


Melasma

Eficácia do Ácido Tranexâmico

O melasma é um distúrbio pigmentar comumente adquirido, caracterizado por hiperpigmentação simétrica que aparece como máculas e manchas marrons nas áreas expostas ao sol do rosto e pescoço. O mecanismo preciso do melasma permanece desconhecido. No entanto, está associado a alguns fatores, como suscetibilidade genética, exposição à luz ultravioleta (UV), gravidez, hormônios sexuais, pílulas anticoncepcionais, cosméticos, medicamentos fototóxicos e processos inflamatórios.


Embora várias modalidades terapêuticas tenham sido tentadas para tratar o melasma, incluindo ablação a laser, peeling químico e agentes despigmentantes, nenhum procedimento ou agente universalmente eficaz garante resultados satisfatórios.

 

Ácido Tranexâmico

O ácido tranexâmico (ácido trans-4-(aminometil) ciclohexanocarboxílico) (TXA) é um análogo sintético da lisina usado principalmente por suas propriedades anti-hemorrágicas e antifibrinolíticas.


O ácido tranexâmico pode inibir a pigmentação induzida por UV em cobaias, reduzindo a plasmina via bloqueio reversível do local de ligação da lisina no plasminogênio para essas células, diminuindo o ácido araquidônico livre, a produção de prostaglandinas e, eventualmente, reduzindo a melanogênese nos melanócitos.


Diferentes vias de administração, como oral, injeções intradérmicas, microagulhamento, iontoforese e tópica, bem como diferentes formulações de ácido tranexâmico têm sido usadas para o tratamento do melasma com resultados promissores de acordo com estudos recentes.


Estudo Comprova

Esse estudo de revisão avaliou a eficácia e segurança do ácido tranexâmico no melasma.


Resultados

ü  A mudança nas pontuações MASI/mMASI em 4 (MD, 3,58), 8 (MD, 5,08), 12 (MD, 4,89) e 16 (MD, 6,55) semanas após o tratamento foi menor do que as pontuações iniciais, independentemente da via de entrega;

ü  A redução nas pontuações MASI/mMASI entre o ácido tranexâmico como adjuvante e o tratamento de rotina em 4 (MD, -0,43), 8 (MD, -0,81), 12 (MD, -1,10) e 16 (MD, -1,12) semanas foi significativo;

ü  No entanto, a superioridade do ácido tranexâmico não foi detectada quando a via tópica ou intradérmica foi adotada;

ü  Nenhum evento adverso sério ocorreu com o uso de ácido tranexâmico.

 

Conclusão

Esses resultados demonstram que o ácido tranexâmico oral é uma alternativa de tratamento segura e eficaz para o melasma. 


Referências bibliográficas

FENG, X.; SU, H.; XIE, J. Efficacy and safety of tranexamic acid in the treatment of adult melasma: An updated meta-analysis of randomized controlled trials. J Clin Pharm Ther, May 7 2021.



Autor(a)

Equipe Técnica Consulfarma
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