Ácido tranexâmico adicionado à laserterapia diminui efeitos adversos e aumenta a eficácia da terapia

Estudos Científicos
07/mai/2021

Entenda como o uso do ativo auxilia no tratamento cutâneo dos pacientes


Ácido Tranexâmico e Laserterapia

A Adição de Ácido Tranexâmico ao Laser Aumenta a Eficácia desse Tratamento em Indivíduos com Melasma

O melasma é uma desordem pigmentar crônica comum em mulheres em idade reprodutiva com difícil tratamento. O ácido tranexâmico é um antifibrinolítico derivado da lisina que atua bloqueando os sítios desse aminoácido nas moléculas de plasminogênio inibindo assim a ação da fibrinólise. Não tem atuação sobre os fatores de coagulação, tampouco sofre influência da administração concomitante de heparina. 

O ácido tranexâmico bloqueia a conversão do plasminogênio (presente nas células basais epidérmicas) em plasmina, por meio da inibição do ativador de plasminogênio. A plasmina ativa a secreção de precursores da fosfolipase A2, que atuam na produção do ácido araquidônico (precursor de fatores melanogênicos, tais como prostaglandinas e leucotrienos), e induzem a liberação de fator de crescimento de fibroblasto (bFGF) – potente fator de crescimento de melanócito. O ativador de plasminogênio, que é gerado pelos queratinócitos e apresenta níveis séricos aumentados com o uso de anticoncepcionais orais e na gravidez, aumenta a atividade dos melanócitos in vitro, e o bloqueio desse efeito pode ser o mecanismo parácrino por meio do qual o ácido tranexâmico reduz a hiperpigmentação do melasma.

Um estudo publicado no Journal of Dermatological Treatment em 2020 demonstrou que o uso do ácido tranexâmico oral em pacientes com melasma sob tratamento com laserterapia apresentara um resultado superior na diminuição dos sintomas do melasma.

Estudo Comprova

Ácido Tranexâmico Adicionado a Laserterapia Diminui os Efeitos Adversos e Aumenta a Eficácia dessa Terapia

O objetivo desse estudo conduzido por Agamia et al. (2020) foi avaliar a eficácia do ácido tranexâmico oral vs. a associação desse ácido com a terapia à laser (Q-Switched ND: YAG laser (comprimento de onda de 1064 nm) em indivíduos com melasma. 

Resultados:

  • Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos em relação aos escores do mMASI e na dermoscopia;

  • O melasma epidermal mostrou melhor resposta ao tratamento (p=0,048) e a telangiectasias melhoraram de maneira significativa em ambos os grupos.

Conclusão:

A adição do ácido tranexâmico oral ao tratamento com laserterapia aumentou a eficácia do laser e diminuiu os efeitos adversos ou complicações associadas com essa terapia. 


Referências

AGAMIA, N. et al. A comparative study between oral tranexamic acid versus oral tranexamic acid and Q-switched Nd-YAG laser in melasma treatment: a clinical and dermoscopic evaluation. J Dermatolog Treat. 2020 Jan 7:1-8.


à Essa tecnologia pode ser encontrada em farmácias de  manipulação.

Autor(a)

Equipe Técnica Consulfarma
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