Doença de Parkinson
Benefícios da Melatonina
A Doença de Parkinson é uma desordem neurodegenerativa,
comumente considerada como um distúrbio do sistema motor caracterizado por
rigidez, tremor em repouso, bradicinesia e instabilidade postural.
Melatonina na Doença de Parkinson
Tem crescido o interesse pelo uso de melatonina como potencial agente terapêutico em doenças neurológicas, como a DP, acidente vascular cerebral e Doença de Alzheimer.
Alguns estudos demonstraram que os níveis de melatonina pela manhã em pacientes com DP eram maiores comparado ao grupo controle, o que é um índice de severidade da DP.
O exato mecanismo desse aumento dos níveis de melatonina permanece incerto. No entanto, uma vez que a DP é caracterizada pela degeneração irreversível dos neurônios dopaminérgicos, uma possível explicação para esse aumento durante a progressão da DP é que a restauração dos níveis de melatonina é uma tentativa de neuroproteção, mesmo que em estágios tardios.
Evidências tem
apresentado os efeitos benéficos da administração de melatonina na função
cerebral em modelos animais e em humanos de DP.
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Um estudo
demonstrou que a melatonina melhorou significativamente os parâmetros
bioquímicos e comportamentais em ratos com DP;
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Além disso,
ela também protegeu contra os déficits comportamentais, perda de dopamina e
estresse oxidativo no modelo de homocisteína da DP;
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Em outro
estudo, a administração de melatonina em indivíduos idosos resultou em
melhora de certos aspectos da função cognitiva e qualidade do sono subjetiva
reportada;
Já em indivíduos com DP, a administração de melatonina foi associada a redução significativa da atividade da ciclooxigenase-2 e níveis de lipoperóxidos.
Estudo Comprova
Resultados
ü A suplementação de melatonina reduziu
significativamente os escores de Unified Parkinson's Disease Rating Scale
(UPDRS) parte I, Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), Beck
Depression Inventory (BDI) e Beck Anxiety Inventory (BAI) comparado
ao tratamento com placebo;
ü Em comparação
com o placebo, a melatonina resultou em redução significativa na Proteína C
Reativa de alta sensibilidade (PCR-as) e aumento significativo na Capacidade
Antioxidante Total (CAT) plasmática e níveis de glutationa total (GSH);
ü Além disso, o consumo de melatonina reduziu
significativamente os níveis séricos de insulina, Homeostasis Model Of
Assessment-Insulin Resistance (HOMA-IR), colesterol total e LDL comparado
ao placebo.
Conclusão
Os pesquisadores concluíram que a
suplementação de melatonina durante 12 semanas em pacientes com Doença de
Parkinson teve efeitos favoráveis nos escores de UPDRS parte I, PSQI, BDI, BAI,
PCR-as, TAC, GSH, níveis de insulina, HOMA-IR, colesterol total, LDL e a
expressão gênica de TNF-a,
PPAR-? e LDLR.
Referências bibliográficas
DANESHVAR KAKHAKI, R.; OSTADMOHAMMADI, V.; KOUCHAKI, E.; AGHADAVOD, E. et al. Melatonin supplementation and the effects on clinical and metabolic status in Parkinson's disease: A randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Clinical Neurology and Neurosurgery, 195, p. 105878, 2020/08/01/ 2020.
MELONI, M.; PULIGHEDDU, M.;
CARTA, M.; CANNAS, A. et al. Efficacy
and safety of the 5-Hydroxytryptophan on Depression and Apathy in Parkinson's disease: a
preliminary finding. European Journal of
Neurology, 27, 02/17 2020.
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